Sempre tive uma grande devoção a Virgem Santíssima, desde minha infância. Adorava ver uma imagem de Nossa Senhora de Fátima de minha mãe que ficava no guarda roupa, olhando aquelas crianças queria eu, tambem, estar ali. Ao crescer, sempre me entreguei a vontade de Deus mesmo sendo criança, em minhas orações sempre sentia que deveria orar mais aos outros e menos para mim, e na minha inocencia sempre pedia a Mãe que se fosse querido por Deus para qie eu vencesse concursos de escrita, pois adorava ler e escrever, logo seria grandioso e maravilhoso ver que meu esforço repercutiu em um talento, mas sempre era chamada para fases e etapas de concursos culturais de desenho. Nunca desenhei bem. E ficava muito entristecida com a situação. Porém continuava e Maria estava comigo. Mas meu maior contato com a Virgem veio com meu irmãozinho.

Nunca vi Nossa Senhora, mas a encontrei em uma capelinha da Mãe Rainha de meu falecido padrinho, para guardar uma lembrança dele pedi para ficar com a imagem e coloquei-a em cima de uma televisão de tubo antiga. Sempre deixava um terço ao lado, mesmo nao sabendo recitar os mistérios e rezar, nunca deixava de orar ao menos três Aves-Maria. Pois bem, cresci sendo desse forma, muitas vezes me irritava com o fato de não conseguir pensar mal das pessoas ou falar mal delas, não gostava de não conseguir me defender das pessoas, sempre permanecer quieta, só ouvindo, e cheguei até sofrer por ser honesta na escola, e cheguei a não querer como sou, mas vi que Deus me quis que eu fosse dessa maneira e a cabia a mim ser diferente dos demais. E ama-los a sua maneira. Isso é necessário para dizer que eu não sou santa, jamais fui, mas em meio o que é errado temos de ser a diferença. Relutei bastante. E em relutar refere ao fato que apresentei acima, o dia que encontrei Nossa Senhora. Não, ela nao apareceu na minha frente, nem falou comigo, nem conversou, apenas se fez presente naquela imagem minuscula da capelinha. Meu irmão não tinha mais que 6 meses e estava aprendendo a engatinhar, eu tinha 13 anos e estava andando de bicicleta no corredor de casa, quando ele encostou em um fio desencapado de energia e desmaiou imediatamente. Meus pais o acompanharam no hospital enquanto eu fiquei sozinha em casa, e em meio ao desespero ajoelhei-me em frente a imagem com o terço na mao, nao sabia como orar, o que dizer, a oração se misturava as outras, entao foi quando lembrei do que minha catequista havia dito, que Deus ouvia mais rapido as oracoes das crianças e que elas tinham mais força. Apeguei-me a confirmação e confiei no meu coração pedindo para Nossa Senhora me fazer criança naquele momento e ajudasse meu irmão. Meus pais e os médicos contam que meu irmão estava sem vida, sem batimentos cardiacos, e após três ressuscitações eles não fariam mais, porém algo aconteceu e eles repetiram o feito e meu irmão retornou a vida milagrosamente. Desde esse dia jamais deixei de acreditar nos raios milagrosos da mão de nossa senhora dados de Deus.

Minha vocação sempre foi guiada para estar do lado de fora, construir minha familia e mostrar que é possivel sim viver neste mundo e não fazer parte dele. Algum tempo após o milagre do meu irmão me abandonei aos braços da mãe e fiz uma entrega, que só me entregaria a um homem na minha vida, aquele que Deus me apresenta-se, e me guardei para ele. E encontrei o "Meu José" em Julho de 2017 em meio uma novena de Nossa Senhora de Fátima. Estranhamente, não foi um sinal como muitos querem que sejam, Jesus nao colocou um pisca-pisca nele, nem uma placa dizendo que Era ele, mas me fez ver o que estava dentro dele, uma beleza interior, antes mesmo de ser atraida pelo fisico comecei a me apaixonar pelo o que ele era. Trazia consigo as virtudes de São José, bondade, obediencia e humildade, as mesmas da familia franciscana. Mas ele não me via, não percebia. Foi entao que em meio as orações senti que devia agir, e em meio a uma pergunta enviada na rede social ele começou a falar comigo, mas confesso que ja tinha desistido, pois ele demorou para responder. Mas entao ele me procurou e em meio a muitas conversas iniciamos um discernimento, mas preciso dizer que em meio as oracoes tambem houve a euforia, mesmo assim seguimos. Iniciamos nosso namoro em Deus e com Deus, oravamos, cantavamos e sonhavamos juntos com o Pai para que Ele nos guiasse. Mas depois de um ano e meio, acabei caindo pela preguiça, deixei as oraçoes e o deixei cair. Discutiamos. E logo ele terminou e não quis me ver outra vez. Hoje oro para que Deus faça a Vontade dele para nós, e se for da vontade dele meu José voltará pelas mãos de Mainha, caso não, continuarei orando e interedendo por ele, eu o amo e não posso negar o sentimento, mas mesmo assim peço para Deus o conduza a Maria dele para que ele também encontre-a assim como eu encontrei Meu José nele.

Minha Consagração só aconteceu em 2017 dia 12 de outubro, próximo ao meu aniversário e no dia de Nossa Senhora Aparecida. Sempre relutei enquanto a isso, sempre ouvi comentários a respeito mas sentia uma espécie de medo pois eu, indigna e jovem pensava que jamais conseguiria viver o que a consagração pedia. Principalmente a respeito das práticas exteriores, as oraçoes, as penitencias. Pensava eu que caso não conseguisse perderia o contato total a Deus. E ainda questionava o porque de se lançar nos braços de Maria para chegar até Jesus, por que eu nao poderia ir diretamente a ele. E logo vi, que nunca chegaremos diretamente porque somos nada, nao temos virtudes, nem graça para chegar até. Mas existe A Mulher que conseguiu graça diante do Senhor, a unica que pode nos mostrar as virtudes e a obedecer antes de tudo para depois estarmos aptos para andar até ele. E porque não Ela que em seu Ventre gerou o Salvador? Mais próximo impossivel. Então percebi que veneramos nossa senhora porque só ela Deus conversou e pediu para realizar a Vontade Dele. Maria tambem não é nada perante Deus. Mas nós somos inimaginavelmente nada perante a ela. Depois de muito pensar e refletir, com a ajuda do Meu José, iniciei a preparação para me consagrar. Ele me dizia que só a Mãe sabe usar nossas oraçoes e penitencias com maesteia para quem mais precisava, e nós já estando próximos da graça deviamos levar e salvar mais almas para Deus. "Da Mihi Animas Cetera Tolle". Dai-me almas e ficai com o resto. Frase de São João Bosco que só ele me fez compreender. Pois era exatamente o que precisavamos e precisamos fazer. Então, iniciei meus esfudos e me consagrei.

Muitas coisas aconteceram como ataques para abalar a fé, desanimar as oraçoes, e mesmo caindo em preguiça muitas vezes, Nossa Senhora me levantava. Hoje apresento a vocês um pouco da minha história, para inspirar jovens, adultos e idosos a se entregar a essa terna Mãe. Não sou profeta, vidente, não faço milagres, sou uma garota comum que sente cada vez mais a necessidade de comunicar como é Grande as Maravilhas do Senhor e que é possível viver a Vontade Dele. Muitas vezes pessoas até mesmo na igreja vao dizer que é errado ou nos colocar para baixo com nosso amor dizendo que tudo não passa de devoção ou fantasia, muitos são usados, dizem estar falando o que Deus quer, quando na verdade só ele nos comunica, podem manipular a vontade deles em nós e nos separar dos caminhos do Senhor. Não confie em conselhos que não são do Pai. Não se abale nos tempos dificeis. Creia e Confie. Nesses tempos tempestuosos precisamos nos entregar inteiramente, sem excessoes, em casa, no trabalho, com amigos e familiares, até com os desconhecidos pois é para eles que estamos no mundo. Eles podem não precisar de nós, mas nós precisamos deles. Não pare para questionar porquê Deus permite algumas coisas, até porque Ele permite para nos fortalecer e outras vezes somos nós homens quem causamos isso. Quanta violencia, fome, desamparo e continuamos fingindo não ver. Nossa missão se faz presente no meio de nossos irmãos, não sozinhos. Se entreguem a nas mãos da Mãe e permita-a que os levem até a Cruz para adorar e glorificar a Jesus e ser a diferença no mundo.

Que Deus abençoe a cada um de vocês.

Paz de Jesus e o Amor de Maria.

Larissa Machado, criadora de os Traços de Maria.