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Eis Aqui o Servo do Senhor

  • Foto do escritor: Traços de Maria
    Traços de Maria
  • 19 de mar. de 2019
  • 4 min de leitura

São José: “Eis aqui o servo do Senhor!”

Dom Pedro Carlos Cipollini Bispo de Amparo (SP)

No desígnio de Deus para salvar a humanidade, algumas pessoas tiveram um papel singular. Primeiro Maria, depois José, em seguida João Batista, figuras de extraordinária grandeza cada uma a seu modo.

Homem inserido no dinamismo da fé, José aceita uma missão obscura, mas, fundamental, qual seja aquela de ser o Pai adotivo de Jesus o Filho de Deus. Submetido a duras provas ele dá um testemunho de fé incondicional. José também poderia ter dito: eis aqui o servo do Senhor!

José foi o primeiro devoto de Maria a quem ele amou de todo o coração e a quem ele dedicou sua vida. Foi este amor a Maria que fez dele o primeiro a aceitar sua virgindade: “Não temas receber Maria por esposa o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo”. Juntos se tornaram os primeiros destinatários da redenção. Quem como José e Maria puderam exclamar: O Senhor está no meio de nós? Seu amor a Maria o conduziu à sua missão em relação a Jesus: por Maria José chegou a Jesus!

José é Justo e Bom. Justo porque sua força e confiança estão depositadas nas promessas e ele caminhou como Moisés: como se visse o invisível. Naquela criança a ele confiada e na qual ele confia no seu silêncio paternal, José adentrou o Mistério. A importância da figura do pai para um filho é grande, se Jesus nos ensinou a chamar Deus de Pai, Paizinho (Abba), provavelmente José tem algo a ver com isso. José é figura acabada do Servo de Deus. E o que se exige de um servidor de Deus? São três grandes exigências, e São José cumpriu todas:

a) Fidelidade a toda prova, – não é á toa que São José patrono da Igreja assim como foi o patrono da “Igreja doméstica” de Nazaré. Ser patrono é ser guarda e protetor, modelo e guia. Patrono da Igreja a família de Jesus e patrono de todas as famílias, nas quais Jesus se faz presente como revelador da “família” Trinitária. Fidelidade a toda prova esperando contra toda a esperança: Deus, sua palavra Basta!

b) Honradez silenciosa : disponibilidade absoluta, obediente à vontade de Deus e a seus planos, para construir um mundo novo: seu Reino. Não é à toa que a Igreja o coloca como patrono dos trabalhadores.

c) Operosidade sem protagonismo. A vocação de S. José se resume ao serviço. Amar, servir e calar, poderia ser seu lema. Se João Batista disse: é preciso que Ele cresça e eu desapareça”, São José vai mais além, não diz nada. Seu silêncio é um discurso tremendo, uma lição para nós, um convite a servir sem querer roubar a cena de Jesus, sem esperar recompensas mundanas, sem a praga do carreirismo.Somente São José e o Espírito Santo nada dizem nos Evangelhos: eles agem.

O povo ama São José e o venera de forma ininterrupta. Reconhece nele o último dos patriarcas do Antigo Testamento, modelo de servidor da causa do Reino de Deus anunciado por Jesus. Se os Apóstolos foram colaboradores da Missão de Jesus, José também o foi a seu modo. Que a devoção a São José nos inspire a imitá-lo.

Que nosso encontro de fé neste Seminário São José, seja para nós um estímulo para ampararmos as vocações sacerdotais, assim como São José amparou o menino Jesus em seu itinerário. Que as virtudes de São José possam convencer-nos que o caminho do justo é provado, mas sua fidelidade é valiosa aos olhos de Deus.

Nosso Seminário Diocesano é dedicado a S. José e isto deve-nos dizer muito do que pretendemos dos nossos futuros sacerdotes. Desejamos que aqui se formem ministros do Evangelho, servidores de Jesus Cristo a exemplo de José, com as atitudes de S. José e com a sua fé profunda e madura, seu espírito de serviço obediente à voz de Deus, homens que a exemplo de S. José ajudem a fazer crescer Jesus nos corações dos fiéis.

Desejo que São José faça crescer no coração de cada um o sentimento de que este Seminário é uma casa , um lar, assim como a família de Nazaré foi um local de amor e de fé, de comunhão em vista da missão. O Seminário não pode ser uma pensão ou hotel, mas uma comunidade de formação de discípulos e missionários do Evangelho, nada mais natural do que viver aqui o que ensina o Evangelho no seu cerne: amar. E sabemos que o amor exige comunhão e comunidade.

Ao mesmo tempo em que agradeço os padres que trabalham diretamente com a formação (como reitores e diretores espirituais, agradeço também o coordenador da Pastoral Vocacional, o assessor, e os que recebem seminaristas para o estágio pastoral) exorto todo o nosso clero para que tenham apreço para com nosso seminário.

Nosso Conselho Diocesano de Formação trabalhou todo o ano passado para elaborar um Diretório de Formação, o qual graças a Deus está sendo impresso e todos os padres poderão receber seu exemplar. É um grande passo em nossa Diocese no sentido de orientar todo o processo formativo no que tem de objetivos, projeto formativo, normas e até mesmo o regulamento deste Seminário a fim de facilitar a convivência. A tônica deste processo formativo deve ser sempre a liberdade na responsabilidade.

Rezemos sempre pelas vocações sacerdotais. Padres rezem pela vocação que Deus lhes deu, a todos os fiéis rezem pelas vocações dos vossos sacerdotes e dos que Deus chamou a assumir esta missão.

São José patrono da Igreja, interceda para que nossa Igreja seja sempre fiel como vós o fostes. Amém.

Nota: Esta foi a homilia de Dom Pedro na festa de São José no seminário de sua Diocese


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